Fechamento acarretou em 400 pessoas demitidas
Todo o comércio vem sentindo o impacto da quarentena como uma alarmante redução nas vendas, e mesmo os mais tradicionais pontos de venda sofrem o impacto do isolamento e da própria crise econômica advinda da pandemia com intensidade quase fatal.
É o caso da Galeria do Rock, centro comercial tão emblemático, com suas tantas lojas de disco, roupas, tatuagens, skate e muito mais, que funciona quase como um ponto turístico no centro de São Paulo: conforme revela matéria do Agora, desde o decreto de quarentena no dia 24 de março que 30 estabelecimentos da Galeria já fecharam suas portas em definitivo, o que provocou aproximadamente 400 demissões.
É o que confirma Toninho da Galeria, síndico há 26 anos do Centro Comercial Grandes Galerias, nome oficial do local que costumava receber 15 mil pessoas por dia em tempos normais: trata-se, segundo Toninho, da pior crise da história da Galeria do Rock. O próprio Toninho, que também é lojista no local, já teve de demitir 3 dos 8 funcionários com que antes trabalhava, mas outros profissionais indiretos, como fornecedores, prestadores de serviço e colaboradores terceirizados já foram afetados às dezenas.
O governo do estado de São Paulo estuda a flexibilização do fechamento dos estabelecimentos a partir do dia 11 de maio, mas nada ainda é verdadeiramente garantido. Outros incentivos às empresas vem sendo oferecidos pelo estado, mas ainda não é possível medir a totalidade do impacto da crise atual não só sobre a Galeria do Rock, mas por todo o comércio de rua.
A Galeria do Rock foi inaugurada em 1963 como um marco arquitetônico do Centro de São Paulo. Somente em 1976 que o local começou a se inclinar para a tendência ligada ao rock e ao comportamento jovem que se tornaria sua marca em meados dos anos 1980. Em janeiro de 1993, durante o auge da venda de discos de rock no local, até Kurt Cobain visitou a galeria.
O local possuía cerca de 450 estabelecimentos comerciais antes da crise, também com destaque, para além das lojas de disco e roupas, para bares, estúdios de piercings e salões de beleza. Em 1992 o local foi tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP).
Fonte: hypeness
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